sempre quis tocar a lua. descobri que há várias formas de lá chegar. não é preciso ser-se astronauta afinal.









quinta-feira, 6 de outubro de 2011

outubro

rodopia o outubro,
ao rubro.
lá por volta de cá.
em tons de algodão doce
ora não fosse,
este sol que aquece
e apetece,
abraçar a avó, a tia,
que alegria.
e, numa dessas tardes
com compadres,
o vinho que fala e não cala
as vozes mais danadas.
fala-se de tudo,
contudo,
alguém se levanta, canta e
não encanta.
aplaudem com desdem,
mas que bem.
isso não importa, suporta.
agonia, atrofia.
os olhos cerram e encerram,
num corpo mole que cai
e sobressai
num colchão vazio,
sem brio,
ali, deitado, sorri,
olha o tecto, recto
respira, suspira
enfim,
ai de mim.
só.
rodopia o outubro,
ao rubro.

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