sempre quis tocar a lua. descobri que há várias formas de lá chegar. não é preciso ser-se astronauta afinal.









segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

família

na escadaria centenária,
esverdeada pelo tempo,
descem e sobem,
sobem e descem,
gentes de todos os tamanhos.
o avô e a avó lembram-se,
em tardes de Março,
de descidas repentinas, em corridas.
o neto e a neta sonham,
em noites de Junho,
com subidas no azul, em nuvens esculpidas.
o pai, a mãe e os filhos encontram-se a meio,
em manhãs de Novembro,
lá, onde se combinam os encontros
com uns
e os desencontros com outros.
um momento, mais precisamente
ao meio-dia,
coisa menos coisa,
de um dia qualquer,
os degraus ofuscam em tons prata
todos estes passos de gigantes e de anões.
apenas transparecem as mentes,
sorridentes,
de uma família.

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