sempre quis tocar a lua. descobri que há várias formas de lá chegar. não é preciso ser-se astronauta afinal.









domingo, 16 de janeiro de 2011

sabor a dor

sem sinais de querer partir,
a dor encravou-se.
em mim tornou-se.
mas num destes dias acordou,
e depois de tanto sentir
de mim se cansou.
e lá foi ela.
com promessa assente,
como uma donzela
com o destino indulgente.
de a mim voltar,
cavalheiro da dor viajada.
a dor poderá entrar,
na vida dissimulada.
cara dor eu te condeno.
tu és afamada.
lutarei como um cavaleiro,
para ser meu e não teu.
sem espada nem veleiro.
és de terra, de mar e vento.
és pó, tempestade de areia.
vai, sai, esvai, cai.
renasce de mim,
liberta de mim.
para o mundo assim:
de Dor para Amor.

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